sábado, 13 de janeiro de 2018

a pele e o templo


Tenho teu nome
Tatuado na pele
Com tinta invisível,
Só tu podes ver:

Yahweh.

Escrevo-te um poema
Na pedra do Templo
Do centro do peito,
Só tu podes ler:

Eu Sou O Quê É.

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

lembranças de um coroa


Ontem tive a satisfação de saber que o Sistema Único de Saúde do Brasil liberou o PREP-SUS para a prevenção do surgimento da AIDS no país. Uma atitude que demonstra o respeito que o país deposita em relação aos seus cidadãos. E nisto dou-me conta de que a História do Brasil foi "reescrita" por um certo Partido quando narra as "suas" lutas pelas "conquistas sociais e causas populares". 
Como os coroas vivemos a História e alguns tiveram capacidade de analisá-la, vale a pena alertar à garotada para que não caiam no "mito do herói do povo", porque é uma furada. Não caiam na linguagem dos clichês políticos. Desconfiem especialmente dos que convidam à lutar pela Utopia, criar um Mundo Novo, um "outro mundo possível".
Começo com as Diretas Já, tendo à frente grandes nomes da Democracia Brasileira. Aquele certo Partido ia contra, pois o Movimento não representava "as bases populares", mas era sim um movimento "daseliti" (sic). Mas sobrou espaço para um certo colaborador dos milicos aparecer nas fotos como um "idealizador do movimento".
Depois, na área que me cabe, o Programa dos Genéricos (que já existia com sucesso em países desenvolvidos), foi implantado no Brasil pelo governo FHC graças à luta do Sr. José Serra (o qual enfrentou corporações farmacêuticas). Está aí até hoje, precisando sempre da força popular para ampliar-se e manter-se adequadamente. O Partido aquele foi contra porque criar genérico seria criar "medicamento para pobre" e somente a luta popular pela distribuição de renda, blá-blá-blá...
Ainda nos anos 90 o país, na continuidade de um processo enorme e multipartidário, no governo FHC, liberou pelo SUS o coquetel de tratamento da AIDS, gratuito. Isto salvou milhares de brasileiros! Lembro de um amigo argentino que, ao descobrir-se enfermo, veio ao Brasil para tentar conseguir os medicamentos porque naquele país irmão o coquetel era vendido e muito caro. Lembro que tentamos, mas o Brasil reservava seus medicamentos à população de doentes brasileiros. O amigo faleceu em Buenos Aires...
Lembro mais: Dona Ruth Cardoso, uma luminosa intelectual e lutadora das causas realmente populares, criou o "Bolsa Escola", para auxiliar às famílias pobres que mantinham seus filhos no colégio. O programa foi execrado por um certo Partido pois dizia o seu líder que o Bolsa Escola era uma maquinação política "daseliti para conquistar voto dos pobre". Este programa foi mais tarde adulterado pelo Partido este, servindo até hoje para maquinação e chantagem políticas.
Nem tudo foi FHC, ao qual atualmente vejo de maneira crítica mas foi genial no seu tempo. 
Lembro que como garoto pobre, obtive financiamento dos governos militares para conseguir me manter na Faculdade de Medicina e não tive que reembolsar nada. Foram 6 anos de auxílio para comprar livros e ajudar em casa.
E quem não lembra do BNH, programa criado há muitas décadas, que possibilitou para milhões de brasileiros a oportunidade de adquirir, com subsídios, uma casa. E, convenhamos, de modo mais eficiente e sério que o tal "Minha Casa, Tua Casa", cujo o nome é também lamentável.
Se a garotada tem interesse em saber a verdade, vá pelo menos ao Google, ou ainda melhor aos livros, aprenda a identificar fontes de informação adequadas, aprenda a descrer dos clichês, e não caia no papo de um grupo retrógrado, proponente de um Socialismo da década de 50 que destrói economias, empobrece as nações e arrota ser o criador do "Novo Mundo".
Os Brasileiros estão muito chatos, se queixando de tudo durante suas maravilhosas férias pela costa ou pelo estrangeiro. Eu, repito, como criança pobre que fui, só tenho duas coisas a reclamar do meu país: a violência urbana relacionada ao narcotráfico (que empesta toda a América Latina, incluindo hoje em dia meu amado Uruguai) e o fato de ter sido chamado de "direitista, burguês, coxinha". Confesso que este última ofensa magoou muito a alguém que optou pela Pediatria para atender à população. Embora sem jamais ter sido rico, eu tive uma vida deliciosa no Brasil e agradeço muito ao país.
No mais, desejo a cadeia para os bandidos!