desligo a emoção
do sonho inexistente,
o ideal de uma pátria
e de uma grande gente.
corto laços,
puxo cordas de ancoragem,
deixo o barco solto ao vento
para alguma nova viagem.
viro a face a outro lado,
como trocando de amores,
que a terra que era a minha
seja dos seus senhores,
que ela viva como queira,
como sabe viver seu povo.
meu coração não quer dores
pelo que não vale um ovo.
calo a boca, não mais ouço
o desencanto das gentes.
só um santo, mártir ou tonto
crê no que a si mesmo mente.