Espaço vazio, Oceano
Onde sutis matérias têm seu Meio
E energias levíssimas elaboram
O Universo que sabemos.
Espaço não-Vazio,
Mas pleno
De obscura matéria
A interligar
Multiversos alheios.
Espaço
Falsamente negro,
O quê escondes
Em cores que não vemos?
O quê és, Universo?
Qual Tecido, ou Corpo, ou Mente?
O que és, imensidão misteriosa,
Povoada de galáxias flamantes,
Rosas flutuantes a girar?
Quem habita tais pontos luminosos,
Tendo estes mundos como lar?
Eterno Desconhecido,
De infinitos mistérios,
Qual será o teu Sentido?
O nosso será te desvendar?
Talvez, talvez, talvez...
Nos deixamos levar
Pelo anseio de entender-te
E cada grande Sistema
É só um flerte
Com o que estás a ocultar.
Talvez, Universo, guardes
Algum singelo segredo,
Que nos libere do medo
Das tuas brutais dimensões,
E então, percebamos o ilusório
Do humano degredo
E que as tuas amplidões
Desfazem-se ante a essência
Que nos deste: Consciência.
Talvez sejamos o Uno
Em suas múltiplas percepções.
domingo, 16 de outubro de 2011
Respostas da vida
Silêncio! a vida te responde
Por todos os sentidos:
Pelo tato, pela vista
E ouvidos.
Desatento,
Não perceberás.
Não perceberás.
Atento! as palavra da vida
São momentos:
Evanescentes
Sons e movimentos.
Trancado em ti
Não sentirás.
Palavras aí
Não servirão jamais:
A vida não responde
Ao que dizes,
A vida te responde
Ao que vives.
E a resposta
É o que tu serás.
Evanescentes
Sons e movimentos.
Trancado em ti
Não sentirás.
Palavras aí
Não servirão jamais:
A vida não responde
Ao que dizes,
A vida te responde
Ao que vives.
E a resposta
É o que tu serás.
sábado, 15 de outubro de 2011
Amante
Teu vácuo movimenta-me a vida.
Adiante vais: enigmática ida,
Eu vou atrás, descida ou subida,
Aonde vais.
Assim tenho sido:
Deixando-me ir
A rastrear os teus passos
Buscando entender
O fim do caminho,
Nesta profusão de tempos
E espaços.
Nós somos ainda
Garotos gozando
A viagem do Sonho
Em dias de sonho,
E em sonhos nas noites:
Paris nos atrai,
Madri é demais,
Bergamo é bela,
O Algarve encanta.
A vida é ainda canção
Na nossa garganta.
Embora eu saiba fazer o caminho
Com meus próprios passos,
Aasvero sozinho,
Eu sigo teus passos com a alegria
De um iniciante
Vivendo as delícias
De ser o Amante.
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