domingo, 16 de outubro de 2011

Divagando sobre as imagens do Hubble

Espaço vazio, Oceano
Onde sutis matérias têm seu Meio
E energias levíssimas elaboram
O Universo que sabemos.
Espaço não-Vazio,
Mas pleno
De obscura matéria
A interligar
Multiversos alheios.

Espaço
Falsamente negro,
O quê escondes
Em cores que não vemos?

O quê és, Universo?
Qual Tecido, ou Corpo, ou Mente?
O que és, imensidão misteriosa,
Povoada de galáxias flamantes,
Rosas flutuantes a girar?
Quem habita tais pontos luminosos,
Tendo estes mundos como lar?

Eterno Desconhecido,
De infinitos mistérios,
Qual será o teu Sentido?
O nosso será te desvendar?

Talvez, talvez, talvez...

Nos deixamos levar
Pelo anseio de entender-te
E cada grande Sistema
É só um flerte
Com o que estás a ocultar.

Talvez, Universo, guardes
Algum singelo segredo,
Que nos libere do medo
Das tuas brutais dimensões,

E então, percebamos o ilusório
Do humano degredo
E que as tuas amplidões
Desfazem-se ante a essência
Que nos deste: Consciência.

Talvez sejamos o Uno
Em suas múltiplas percepções.












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