Ressoa o ancestral murmúrio do mar,
Voz rouca a ecoar desde o horizonte.
Mar, filho do infinito espaço e mar fonte
De todo corpo vivo da terra e do ar.
Fogo do céu, o sol ao mundo amorna
E doma com sua luz a sombra espessa,
Tramando as cores que o olhar devassa
E que, nas mãos do artista, a arte entorna.
Disto surgimos, do amálgama medonho
Entre o mar e a terra, e o fogo e o
ar,
Vindo o peixe a ser fera e esta a se tornar
O Ser Humano, onde algum anjo sonha.
Em nós há sal e espuma, nuvem e poeira
Rosnar de fera, cios, amor e a chama
Que é o anjo infante a inventar poemas.
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