As vozes soam, difundem-se em zoada,
Um turbilhão de vozes a dizer-me nada,
Um refluir de mágoas de ideais perdidos
Vem agredir com força os meus ouvidos.
Em mim penetra toda esta dor alheia
Como se me fosse própria a infectante
idéia.
Mas dou-me conta disso e, cuidadosamente,
Vou silenciando o vozerio vazio e descontente,
Calo na mente inquieta as memórias
ruidosas
Até chegar ao fundo do mar que em mim
habita
Onde o silêncio é o sol de uma aurora
rósea.
Ali, sem esforço algum, reencontro os
ideais
Que têm me feito ver a vida mais bonita
E a edificar meus sonhos nas coisas reais.
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