domingo, 17 de novembro de 2013

manhã de domingo, primavera


A manhã se destranca: é potro livre
Que afasta-se da cerca e busca a linha
União de terra e céu na qual se aninha
O sol que, solto agora, vem subindo.

A brisa que nasceu nas terras frias
Sai a assobiar canções de longe
E, de repente, a revelar-se, o dia
Traz aparências que a noite esconde:

O que era azul e violeta faz-se verde,
E rosa e vermelhão e negro e branco...
Quem pinta o dia e quem pinta a noite?

Ou o pintor é o mesmo e vai mudando
A obra desde o sono ao riso franco?
Ou vai deixando as cores no comando...


Nenhum comentário:

Postar um comentário