Quase tudo o que comove, treme as bases,
Que disseca a carne viva da alma e, suave
Faz brotar semente interna, molda a lava,
Doma a fera, lava o Homem, eleva a mente.
Quase tudo o que demove a absurda sina,
Que transporta o sol do fundo para fora.
Quase tudo o que aflora sonho e empina
O coração ao alto: “sursum
corda“,
(A
transformar em povo o que era horda).
Quase tudo o que remove o que emperra
O que a vida quer que seja, e diz e berra!
O que é corda, paraquedas, dom e escada
Para alçar quem é ninguém a além do Nada.
O que se expande até o limite e daí pende,
Mas é a leveza no que pesam nossos dias,
É a língua mais arcaica que se entende:
Símbolo, Arte, Poesia.
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