Como pode o amor propagar-se com o tempo,
sempre mais,
Reciclar-se, reiventar-se, curar-se das
feridas?
Como pode o amor recompor a sua tessitura
original,
E, mais que isto, seguir sempre tecendo o que um
dia foi,
Tornando-se outra coisa mesmo ao ser igual?
Como pode o amor ser rico sempre, e sempre
mais,
Trazendo emoção à alma e lágrimas aos
olhos,
Ao recordarmos os seus primeiros dias, sonhos,
Fantasias?
E, mesmo destronadas ilusões,
Seguir o amor ali, senhor dos corações?
Melhor calar.
O amor é mistério
Para a criatura humana,
Amálgama da vida,
Enlaça os que se amam.