sábado, 3 de março de 2018

amor




Como pode o amor propagar-se com o tempo, sempre mais,
Reciclar-se, reiventar-se, curar-se das feridas?
Como pode o amor recompor a sua tessitura original,
E, mais que isto, seguir sempre tecendo o que um dia foi,
Tornando-se outra coisa mesmo ao ser igual?

Como pode o amor ser rico sempre, e sempre mais,
Trazendo emoção à alma e lágrimas aos olhos,
Ao recordarmos os seus primeiros dias, sonhos,
Fantasias?
E, mesmo destronadas ilusões,
Seguir o amor ali, senhor dos corações?

Melhor calar.
O amor é mistério
Para a criatura humana,

Amálgama da vida,
Enlaça os que se amam.


                                                             William-Adolphe Bouguereau - Amour A L'affut

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