Quero o som amplo de todas as ondas
E os detalhes sonoros que leio nos lábios,
Os seus sentidos que animam os tolos
Ou profundos temas das triviais prosas.
Repor o som exato de Bach que havia,
As finas melodias de Chopin a vibrar,
O chilreio da revoada, e as folhas
Das árvores, farfalhando, ao dançar.
Quase ao perdê-lo, é que aprendo o valor
Das humildes bênçãos que vida me dá:
A luz pelos olhos, os sons para a ideia,
O abraço da fala que nos torna humanos,
Com o sentimento que brota entre nós
Quando vejo teus olhos, ou ouço tua voz.
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