terça-feira, 29 de abril de 2025

histórias de uma vida (aos pediatras)

Era uma velha casa de madeira com parreiras no pátio,

Onde o menino cuidava das galinhas, dos cães e dos gatos,

Na rua onde se ouviam português, alemão, russo, italiano,

E os vizinhos, à noitinha, mateavam, confraternizando.


Ali descobriu o que era amar e ser amado, o piá criado

Pelos melhores que havia neste mundo para criá-lo...

E da casa no subúrbio foi às ruas, à escola, à academia,

E do mundo livresco ideal ao voluntariado nas favelas,


A atender as dores das gentes em corredores de hospital, 

As crianças doentes, e os bebés violentados pelo mal.

Dor pela dor alheia, luta pela alheia luta, a usar a Ciência. 


E, na lide, percebeu o Sentido que o viver se nos revela:

Mais que a humilde casa de madeira, muito além dela,

Lar e Obra foram o Mundo e as riquezas da Consciência. 





2 comentários:

  1. Jorge, me senti levada pela memória, à casa de madeira onde fomos tão felizes, com nossos pais e irmãos. Parabéns! Está tua poesia é emocionante. Te amo, meu irmão. 👏🏻👏🏻👏🏻❤️

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