sábado, 23 de fevereiro de 2013

Água e óleos

(inspirado na análise de Javier Sierra, no livro El Maestro del Prado, sobre a obra “A Transfiguração“ de Rafaelo Sanzio, lembrei de um antigo sonho)


Segues ainda pelas estradas da vida
Mas enquanto não encontras teu caminho
Todas as viagens serão rotas perdidas
E, sem ti mesmo, vagarás sozinho.

Buscarás igrejas e partidos, mas
Se não encontrares teu caminho
Todos as chegadas serão só partidas 
E os teus esforços, descaminhos.

Apenas se te embriagas com tua alma
-A que fala com palavras nunca escritas-
Descobrirás entre as rotas o teu rumo
E assim te sagrarás o Homem no mundo.

Tu cruzarás os rios das coisas todas
Como o fazem desde sempre os humanos:
Os fluxos lentos, ou violentos, rumo aos mares,
Amores, mortes, vidas, desenganos,

Mas, sendo Humano, teus olhos buscarão,
Os teus pés cumprirão o teu caminho,
Deste mundo tu farás o céu com as mãos
E, te encontrando, já não mais serás sozinho.

Tu vagarás no Universo sendo Centro,
Revelarás em ti mesmo o Mistério,
Trilhando fora, tu também andarás dentro
E, sendo pobre, serás senhor do teu Império.








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