‟Por
el agua de Granada, sólo reman los suspiros...”
Este areal que tu vês
Um dia já foi montanha.
A vida que tens se vai,
Escoando de tuas entranhas.
Mas as memórias nos dão
Fatias do que perdemos
E, assim, novamente temos
O que o tempo nos roubou.
Os fios da memória tecem
A tela da eternidade.
A tela da eternidade.
Cruzando a Andaluzia
De incontáveis oliveiras
Murmura a voz cigana
Como soou noutros dias.
Trago meus olhos embebidos
Das visões de Andaluzia,
Ah! os campos da Andaluzia.
Nos meus ouvidos ressoa
O ritmo da Andaluzia,
Ah! os cantos da Andaluzia.
A Alhambra me faz lembrar
Alguma alma que tive,
Em Granada ficou guardada:
Alma triste, abandonada,
Alma de sonhador.
A Alhambra ainda dorme
Diante da Serra Nevada,
Sonhando, ao som do flamenco,
Esta antiga história de amor.
E no Albaycín à noite,
A cigana enlouquece na dança,
Gira, trança, vibra, alcança
Um outro tempo ao bailar
No qual esse poeta ainda
existe
E narra sua história triste
Pela voz do cigano a cantar.
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