Onde foste te esconder, minha poesia,
Nestes dias em que estou a singrar mares?
Pensas que ao lutar não mais te quero?
O argonauta volta sempre à interna Pátria.
Regressa sempre ao silêncio após o ruído,
Às sombras do teu templo, perfumadas,
Onde as memórias de tempos esquecidos
Compõem odes às vidas e às estradas.
Então volta a poesia, e vem sorrindo
Com um braço estendido a me buscar.
Vem cantando um hino órfico a Dioniso.
E nos damos as mãos, a olhar a estrela
Que recorda outra morada no Universo
E da saudade a fluir versos brota o mar.
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