sexta-feira, 26 de maio de 2017

poema no intervalo de almoço

Escrevo um poema em folha de papel
Porque era assim que sempre eu fazia:
Com tinta eu gravava o parto da poesia
E em verso alcançava o inferno e o céu.

Eu tenho poetado em espaços digitais,
Lançando nas redes sonhos e desejos,
Mas delícia é esta folha em que eu vejo
Minha alma nos rabiscos que me saem.

Há algo de mais nobre no poema escrito
Como o fez um outro artista no seu rito
De transbordar o que era com a caneta?

Eu te confesso, ao fim volto ao teclado.
O que me importa é o que resta registado
Da sussurrada voz do interno poeta.




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