Eu queria despertar-te, novo tempo,
Devassar teus rumos num repente,
Mas ainda é muito cedo e à frente
O que se vê é temporal de vento.
Ao querer ver meu povo numa festa,
Vencida a divisão que o mal plantou,
Sondando o mundo desde onde estou
É cisão o que eu observo pela fresta.
Deixo à vida a escrita dos enredos:
Só anjos vêem além dos próprios medos,
Pois seus olhos têm o foco no infinito.
Que se cumpra o que temos semeado
Para que os genes da pátria do passado
Possam brotar um país que ainda é mito.
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