A longa espera,
De tão longa
Esquece-se que é espera.
Despe o peso de
sê-lo
E se crê eternidade.
Como um tolo,
Ou um sábio,
Passa assim a fruir
O que em si pode haver
De mais trágico
E mais belo:
E mais belo:
A certeza do desfecho
Com indiferença,
Como a negação do tolo,
Ou do sábio a crença,
Ou vice-versa.
Ou vice-versa.
Esperar se faz então
Esperança,
Ou sua ausência.
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