Vidas desfeitas, corpos rotos,
Amor recôndito, em espera
De que o inverno dê seu broto:
Novos tempos, primavera.
Vejo a vida da janela
E pela janela dos olhos
Também a vida me vê.
Separados pelo vidro,
Estamos ambos cativos,
Querendo o vidro romper.
Sem pressa, suavemente,
Dança a vida nos ciprestes,
É primavera, o sol amansa
Desesperanças agrestes.
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