"…Whatever proportions these crimes finally assumed it became evident to all who investigated them that they had started from small beginnings. The beginnings at first were merely a subtle shift in emphasis in the basic attitude of physicians. It started with the acceptance of the attitude ... that there is such a thing as life not worthy to be lived.... Gradually the sphere of those to be included in this category was enlarged to encompass the socially unproductive, the ideologically unwanted, the racially unwanted, and finally all non-Germans.... It is, therefore, this subtle shift in emphasis of the physicians' attitude that one must thoroughly investigate..."
Dr. Leo Alexander, assistente de acusação no julgamento de Nuremberg
(fonte- https://www.ufrgs.br/bioetica)
Algo novo, algo novo!
Uivam os gênios,
Os ídolos, os doidos,
Gozam os políticos espertos
E idiotas acoplados,
Seus ideólogos.
Clamam todos: algo novo
Que comova multidões,
Gere frêmito e paixões,
E se imponha às gentes:
Combustível
Para queimar o Presente!
E se falta no mercado
Quem crie o Novo
Que se importe
De algum povo
Amoral
Que o invente.
Novo? O mundo crê que o ignora
Mas a memória o recorda, ou pressente:
Revolução que mata e não cura.
Eutanásias!
Ainda que se danem
Nas enfermarias,
Os doentes, malcuidados
E sem analgesia.
Infanticídios!
Que as mulheres sejam
A massa de manobra
A destruir, com autonomia,
Bocas inúteis,
Suas “inúteis crias”.
Novo! Novo!
Que se transforme a Medicina
No ofício que, como esmola,
Assassina.
Este Novo,
Tempero secreto dos totalitarismos,
Renasce de atavismos,
Fruto podre da selva arcaica,
Dos filicídios, parricídios,
Avós e crianças
Ao relento, repudiados.
Doentes ou dementes
Piedosamente eliminados.
Novo, que devora
O mais belo símbolo
Um dia sonhado
Pela Humanidade:
Não matarás
Como regra de ouro,
A Primeira Verdade.
Vitória desesperada
Da miséria moral de umas gentes
Amnésicas,
Desumanas,
Toscas,
Endinheiradas.