Nestes estranhos dias, renasce o passado.
Veste-se de novidade ao vender a esperança
E confessa traição ao sonho mais sagrado
Que a Humanidade sonhou desde criança.
Ri-se a escumalha, ralé a antegozar vitória,
Predadores degradados, abutres, devorando
Num banquete dos necrófagos da História,
A Vida e a Obra humanas, os reféns do bando.
Tristes tempos em que a ascese civilizatória,
Pela ação de milhões de heróis desconhecidos
De Sagrado Valor, com o tempo enriquecida,
É traída por gênios bufos da TV, sumo da escória.
Saibam, porém, tiranos: não seremos corrompidos,
Enquanto em nós houver Vontade e Memória!
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