sábado, 11 de setembro de 2010

Poesia fractal

Tamborilam gotas no telhado:
A chuva marca o ritmo do dia.
Na mente também ressoa um ritmo
Que vai dançando poesia,
Que vai lançando cantoria,
Que vai somando tons e dia,
Num som-de-fundo que se amplia.
Basta atentar-se ao silêncio
Para o som da alma vir a ser:
Gera-se o ritmo feito de palavras
E o que não havia vem nascer.
Nasce de uma estranha matemática
Em que o caos revela-se em fractais:
O que nós somos impregna-se nos versos
Mesmo que não saibamos o que ser jamais.





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