sábado, 20 de novembro de 2010

Realidade

Os meus olhos perderam-se de ir
Seguindo a terra até onde ela termina:
Ali, o horizonte é a última esquina
E restam o abismo e o negror com estrelas.

Além, tudo se passa sem que a gente saiba
E somos observadores do que não sabemos.
Não cabemos no espaço onde o Todo caiba,
E é neste ínfimo intervalo que então vivemos.

É preciso olhar de novo para minha terra,
Nela reconhecendo o que sonha e erra,
Mas que, por ser meu igual, eu compreendo

Em toda dor e júbilo, prazer ou desgraça.
Somos plantas com raízes no que vem e passa,
Neste pequeno mundo, a seguir crescendo...







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