domingo, 3 de maio de 2015

A ave e o templo


O instante leve pousou
Na parede de milênios:

Ideia nova brotada
Em desgastado neurônio,

Frágil vida revivendo
História que já foi vida,

Mondrian marmóreo em
Monocrômica morte:
Mensagem de impermanência.

Porém se a ave é uma ave
Ela é de Ave a Ideia 
E se parede é a Parede
Não qualquer uma, mas Grega,
A Ideia que desce do espaço
Mantém-se viva na Grécia.
- Isto Platão diria
Na Hélade, mãe da Ciência. -

A ave pousou mirando
Atenas que vive abaixo
A circundar a colina
Onde Atená ainda mora
Em sua mansão divina.
Se ora as paredes parecem
Escombros amontoados,
A alma nascida ali
Vive agora em todo lado:

No homem que cria técnica,
Na mulher que se libera,
Na poesia que compões
E nos sonhos da Nova Era,
Na união de corpo e mente
No amor entre todos e todas,

A alma daquele templo
Não é o passado, é o presente.

Do alto de uma janela
A ave da liberdade
Olha o infante Ocidente
Nascido nesta colina
Pensando o seu futuro
Com a Humanidade menina.






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