Silencia agora, larga o apuro
Que empurra, rompe a teia e
Enleia-te na ceia suave que o dia,
Ao espraiar-se lento, oferece.
Silencia em prece e em poesia,
Para que flua, enfim, num sopro,
O espírito que procuras e adias.
Porque o tempo, que nos leva,
Nos reduz a luz e sabedoria:
Disseca, revela, rompe a casca,
Aprofunda raízes, desvela céus.
Porque o tempo é um dedo
A apontar na direção do olhar
De um misterioso Deus.
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