Quero me desentupir de utopias,
Desobstruir-me das ideologias,
Viver sem Igreja, bula, ou Partido,
Saber do mundo pela alma e os sentidos.
Pobre é quem renuncia à liberdade
Em nome de uma crença ou ideal,
Ou livro sagrado, poder, burocracia,
Exemplo, camarada ou general.
O sonho da Igualdade entre os homens
É menor que ser o que se é como se
queira,
Se renuncio ao que sou, sou uns pedaços
De mim mesmo, vendidos numa feira.
Nos teus discursos que eu não ouvirei
És o honesto, grande herói libertador,
Mas, versão podre de um antigo rei,
Crias vassalos para ser senhor.
Não creio em nada disso que tu pregas.
Não sou um tolo que a alma entrega
Para ser guisado, moído em tuas garras.
Quero fluir humano em transcendências
E só obedecer à minha consciência
A respeitar o irmão no qual tu escarras.
Nenhum comentário:
Postar um comentário