terça-feira, 29 de maio de 2018

Compaixão segundo a novilíngua

Não há qualquer "tratamento" no matar...está fora da alçada médica e do próprio sentido da Medicina. Há propaganda pró-eutanásia por parte dos raros países, considerados desenvolvidos, que a liberaram e que, por coincidência, defenderam há pouco tempo atrás o nazismo.

Uma das principais fontes deste espírito eugenista com aparência humanitária é a Holanda, pequeno país rico, com altas taxas de suicídio, que tem forte influência cultural sobre seus vizinhos e é considerado um dos píncaros do progressismo mundial. Segundo suas autoridades,  a Holanda é hoje um "narco-Estado, e sua História recente já é vergonhosa: segundo Hannah Arendt, a Holanda  entregou com enorme facilidade e prazer sua imensa e produtiva Comunidade Judia aos  nazis.  Mais recentemente ainda , além da liberação do aborto de bebês  até os 3 meses de vida intra-uterina, aprovou o "aborto pós-natal" (after-birth abortion), ou seja, a possibilidade de uma mãe mandar matar um filho de até dois anos. A justificativa ética seria a inexistência de uma "consciência moral" nos bebês desta idade, o que torna pouco clara a distinção entre eles e um feto! E, obviamente, a "liberdade da mulher".
Houve nesta Holanda um incremento de mais de 300% nas taxas de eutanásia nos últimos anos.
Na Bélgica atualmente são pelo menos (sic) 5 destes "homicídios piedosos" ao dia, e isto na vigência de uma regulação sabidamente incompetente dos órgãos responsáveis, significando que não se sabe bem quem mata quem, nem por quê. A justificativa de haver "sofrimento insuportável" deixou mesmo de ser um critério indispensável.
Esta degeneração do ato médico inclui pacientes pediátricos e adolescentes (estes últimos, tão vulneráveis quando doentes e merecedores de imenso apoio para manter os tratamentos a longo prazo).
O que se esconde por detrás das "higiênicas" publicações belgas que dizem ser possível integrar cuidados paliativos com o "homicídio por compaixão"?
Os Cuidados paliativos de hoje respeitam o direito de o paciente viver o fim de sua vida em casa, entre os seus entes queridos, evitando o encarniçamento terapêutico, desde que com adequados cuidados para poupar sofrimento em vida. Há que respeitar o fim da existência e deixar a morte chegar sem torturas inúteis. O morrer é algo pessoal e não um ato médico.
A pessoa, obviamente, pode optar por suicidar-se.  Porém, o assassinar "por compaixão" (numa total distorção daquele humanitário compartilhamento das dores da vida) não faz parte dos deveres de um médico, nem necessita de cuidados médicos. Não se "mata melhor" de uma forma ou outra, e não há sentido em falar em "terapêutica", ou em evitar um para-efeito, o qual a Morte o é no seu máximo grau. 
O Estado outorgar ao médico a função de matar é transformar o profissional cuja função é cuidar das pessoas num carrasco remunerado. Com riscos de legitimarmos uma ideologia nazi, na qual doentes mentais, enfermos crônicos, homossexuais e porque não?, inimigos políticos, populações desfavorecidas, etnias "geneticamente inferiores" foram sumariamente eliminados, por terem uma vida "indigna de ser vivida". 
Na verdade, é a banalização da vida humana, colocada no mesmo nível de um verme, menos que a de um animal doméstico, a institucionalização da Medicina Desumana.

Por outro lado, tratar a Depressão, especialmente em situações de grande sofrimento como a confrontação com a morte, e atender adequadamente o sofrimento e a dor com eficientes cuidados paliativos, isto sim!

 ✽ Leitura sugerida sobre o tema:

https://www.ieb-eib.org/en/document/does-the-belgian-model-of-integrated-palliative-care-distort-palliative-care-practice-442.html






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