Nasce a vida entre dejetos.
Original supernova
Fluída do ventre, mistério
Envolto em espaço-tempo.
O maior tesouro se expõe
No róseo veludo animal e
O segredo do sangue revela
Os ardores da divindade.
De onde nos vens, criança,
De que lonjuras e história?
Que línguas fala teu choro?
Qual sonho verte tua vinda?
A vida de qualquer um,
Lírio encarnado na lama,
É a redenção do universo
Que outro nenhum trará
E o ser enfermo que vês,
"Inútil, indigno, demente",
É a mesma estrela do Oriente
No rumo ao Poente traçado.
Evento sagrado da vida
É o morrer de qualquer um,
Chegado na hora precisa
Que a ninguém cabe trair:
Que o tempo próprio desnude
O mistério deste deus
Vindo a padecer no mundo
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