quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Assassinato legalizado e infanticídio no Progressismo Europeu

A memória é minúscula
E a Razão vê com o que lembra

De volta ao ensino de Ética Médica. Aqui compartilho com os amigos minha preocupação com o Progressismo de alguns países do Norte da Europa, que vivem um tempo chamado de pós-Cristão. E me espanto de perceber como os opostos comportam-se como antípodas, simbolizadas pelas extremidades de uma serpente cuja boca morde o próprio rabo, numa espécie de Eterno Retorno nietzscheano.
Dizia em 1932 o Dr. Julio Moses, médico humanista judeu-alemão, que obviamente foi morto num campo concentração:
“No III Reich a missão do médico será criar o Novo Mundo, a Nova Nobre Humanidade.
Só os curáveis sobreviverão. Os doentes incuráveis, as existências peso-morto, o lixo humano, o indigno de viver e o improdutivo serão eliminados. Em outras palavras, o Médico se tornará o Carrasco.(Pross and Aly, Der Wert des Menschen, 92).
Pois o que sustenta o Progressismo à gauche é o velho sonho que produz pesadelos, o da criação do Novo Mundo, do Novo Homem, através de políticas autoritárias, aparentemente para o Bem, como devem ser os discursos ecológicos, humanistas, na entronização da Nova Fé Laica. Os dois exemplos que trago referem-se a:
-Aborto Pós-Natal (assassinato de bebês até os 2 anos de idade, por solicitação de sua mãe no gozo da sua "autonomia" e "liberdade de escolha"). O after-birth abortion é já realizado na Holanda em bebês doentes, mas a "nova conquista" a ser feita é o infanticídio no caso das mães que assim desejam por terem dificuldades pessoais na criação das seus filhos. A justificativa é que o bebê "ainda não tem juízo moral e pode ser morto" (vide https://jme.bmj.com/content/39/5/261.long).
-Outro exemplo é o que se tornou a eutanásia liberada na Bélgica e Holanda (os velhinhos fogem da Holanda ao se aposentarem). Criou-se a especialidade dos médicos "eutanasistas", os centros onde são feitas eutanásias, o assassinato legalizado de pessoas que "estão insatisfeitas com sua vida", crianças e adolescentes, além de pacientes psicóticos...tudo muito bem justificado em nome da "piedade", "da vida que deve merecer ser vivida"("Lebensunwerten Lebens", o clichê preferido dos nazistas), a total perda de controle de quem mata quem e porquê...(eb-eib.org/en/file/end-of-life/palliative-care/does-the-belgian-model-of-integrated-palliative-care-distort-palliative-care-practice-442.html).
E os textos progressistas que justificam estes crimes são pérola da Novilíngua, expressão criada por Orwell.
Atenção com os clichês e as bandeiras "do bem" que defendemos.

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