sexta-feira, 3 de abril de 2020

sobre as origens do COVID

Em anexo, artigo da revista Nature, como sempre excelente, discute os aspectos moleculares do COVID, em comparação com os demais coronavirus para analisar as prováveis fontes da epidemia. Aparentemente, um pangolin, animalzinho da Malásia ilegalmente comercializado na China, contaminou algum(ns) humano(s) e houve mutações adaptativas nos vírus produzindo a cepa responsável pela epidemia. Por diversos motivos há fortes evidências de que a fonte não foi laboratorialmente provocada. Nature, porém afirma que, embora seja improvável uma origem laboratorial, não há como refutar a hipótese completamente. Óbvio.
E aí três questões éticas e legais se levantam:
1) Experimentos com vírus, e com quimeras (híbridos de genes humanos/ de animais) deveriam ser fortemente regulados em todo o mundo,  eventualmente proibidos por uma Corte Internacional. Pasmem, diferentemente dos países Ocidentais, a China, não dispõe uma regulação de pesquisa que aspectos éticos e legais.  
Nem penso em Bioterrorismo.
 Penso em incompetência humana na manipulação e armazenamento de vírus e tecidos. Diz a Nature, nas conclusões de um artigo que tem sido citado como a voz da "comunidade científica" de que que a origem do COVID foi natural. Eu traduzo:
"Pesquisa básica envolvendo modificações induzidas nos Coronavirus semelhantes ao SARS-COV de morcegos em culturas celulares e/ou modelos animais tem sido realizadas há muitos anos em laboatórios de nível de Biossegurança em todo mundo, e há relatos documentados de escapes de vírus SARS-CoV de alguns laboratórios. DEVEMOS, PORTANTO, EXAMINAR A POSSIBILIDADE DE UM ESCAPE LABORATORIAL DO SARS-COV-2 (na origem da Pandemia). Em teoria, é possível que as mutações RBD adquiridas pelo vírus tenham ocorrido durante a adaptação às modificações induzidas na cultura celular, como tem sido observado em estudos com vírus SARS-Cov". 
2) A absurda demora na notificação pelo PC Chinês da epidemia para o mundo, a prisão do médico que detectou pela primeira vez a doença, e sua morte, deveriam causar repúdio internacional e sanções pelos países democráticos.
3) a venda liberada, independente de um controle de qualidade, de produtos médicos de baixíssima eficiência pela China que, por exemplo, não diagnosticam adequadamente a infecção do COVID (veja-se o imbroglio da venda de testes rápidos de COVID com valores de falsos-negativos em torno de 70%), tendo o PC Chinês se manifestado por twitter (!!!), acusando o governo espanhol de haver comprado produtos em empresas não qualificadas (mas que vendem livremente!), fazem-nos pensar que estamos confiando na mercadoria de um lojão chinês, destes existentes em qualquer cidadezinha, vendendo bugigangas com a qualidade que conhecemos perfeitamente. 
Outras acusações do PC Chinês envolveram a Geni Tropical, o nosso Brasil, que estaria vendendo carne contaminada com COVID aos chineses (antes de se ter certeza de que a transmissão do vírus é pelo ar, sem dúvida). Acusar, livrar-se das responsabilidades, isto sim, eles sabem. 
Nesta hora, do ponto de vista ético e legal, selecionar o mais barato, pode ser destruir comunidades humanas, matar pessoas!

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