Nada digo, até pensar evito,
Em explicações, ou em motivos,
Quando me sinto pleno ao ser finito,
Pelo simples fato de estar vivo.
Sou o que sou, como é a vida,
Contemplo com doçura erro e acerto,
Esforço, queda, júbilo e ferida,
Amando o que se foi, ou segue perto.
Nada falo, ou concluo, nada rezo
Deixo a luz de um sol brilhar no peito
Deixo voar a ave que mais prezo.
Fluo, como um rio flui no seu leito,
Apenas gozo o que a vida oferece
E que, ao seguir vivendo, eu aceito.
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