Volto a ti, poesia, como quem retorna à casa:
O pátio enorme onde dizes ver a musa a bater asas,
O quarto onde silencias para sonhar o impossível
E a cozinha onde o digeres, nos levando a outro nível.
Trabalhas tanto em silêncio e quando volto tu me falas
Das novas coisas de dentro decorando nossa sala,
Dos caminhos que trilhamos, os rios, montes, cascatas
E ao falares é que percebo como a vida bem nos trata.
Tu és esta voz que me canta, e este coração que aquece
As horas frias da vida, és o sabor de ver que enriquece
O trivial das minhas horas, os pequenos detalhes mudos
Até que os vês, minha poesia, e pões a beleza em tudo.
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