Quando paro, olho na janela envidraçada
O que é a vida que flui, sem pensar nada
E vejo claro o que me dá este momento:
Montes coroados pelas nuvens, e o vento.
Como posso só agora olhar a paisagem,
-Perdido que eu estava em mil trabalhos-
Para eternizar em mim a foto de viagem,
Tela do mundo exposta aos sentimentos.
Que ruído me impedia este acasalamento
Com a vida a dançar em pleno Outono?
Sou todo olhar agora, todo apenas ver
As prendas impermanentes que se tecem
Bordadas, sem palavras, qual se fossem
Silenciosas mensagens do que é Ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário