O que é estranhável na foto? Em primeiro lugar, a fiação urbana totalmente no subsolo. Para quê? Nestes 9 anos em que moramos aqui, houve apenas uns dois instantes de falta de luz, que duraram segundos. Além da fiação subterrânea, onde há fios e árvores a poda da vegetação é intensiva, impossibilitando o drama da falta de luz durante ventanias.
O que além disso pode-se estranhar é a quantidade de obras na nossa pequena Covilhã: novos grandes hoteis, novo shopping center desta vez aberto, contando com FNAC, Primark e o cobiçado super(!)mercado espanhol Mercadona (que eu adoro), e outros empreendimentos para citar apenas a nossa avenida. Além dos demais shoppings, hoteis e supermercados internacionais e portugueses pelas redondezas. Eu confesso que fico impressionado.
A verdade é que nestes últimos anos a Covilhã, e todo Portugal, recebe uma quantidade imensa de novos moradores, sejam europeus (principalmente ingleses, alemães, franceses, e refugiados ucranianos, entre outros), latino-americanos (brasileiros como nós, argentinos, venezuelanos), asiáticos (uma imensa imigração de indianos). Os indianos vêm também com seus investimentos: uma cobiçada indústria de diamantes sintéticos.
Além dos milhares de alunos universitários de todo Portugal e outros países que enchem as ruas da Covilhã com um agito juvenil.
E eu rio que, no meio disto tudo, a Covilhã mantém as marcas de cidade pequena. Quando vou ao Serra Shopping, comprar alimentos no Supermercado Continente, de bermuda, camiseta e tênis, como hoje, no elevador percebo os olhares de um grupo de jovens, sorrindo entre si, olhando-me e cochichando: “olhem, é o nosso professor”…o que não deixa de ser delicioso, ao significar que “eu existo, eu faço parte, e eu compartilho o meu melhor” (sentimento que faz falta nas grandes metrópoles).
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