Há quem viva a entronizar a beleza,
Dividindo o humano em lindo e feio,
E a sofrer pânico diante dos espelhos.
Há os que inventam castelos de riqueza,
A delirar sobre bens que não possuem,
Pelo horror de perder a audiência.
Outros, cindem crentes e descrentes,
Esquerda e direita, heróis e fascistas.
Matam o mundo por pavor proselitista.
Enquanto a vida segue em sua Ciência:
Linda e feia, certa e errada,
Nem mais alta, nem mais baixa, no seu meio,
Humana, autêntica, rica e pobre,
Íntegra e destemida
Por si mesma encantada.
E, quase sempre, despercebida.
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