domingo, 8 de agosto de 2010

O eterno exíguo (ou a memória)

Lenta, a memória acerca-se na mente,
É cheiro reconhecido, antiga voz a vibrar no ouvido e:
Visão!
Lá está o que era e ainda é
Pedaço do Universo onde eu fiquei
E a tua voz de então...
No peito entorna-se
Um calor de brasas:
Tu ainda aqueces minha casa,
Paixão.
Somos para sempre dois meninos,
Olhares dados e corpos atados
Mas mais que dois corpos,
Dois irmãos.
Será esta memória estar vivo
Num outro tempo que, embora exíguo,
É eternidade numa aparição?

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