quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Um poeta

Disse-me o poeta:
Não esperes que eu seja raro,
Ou que diga palavras belas.
Sou uma coisa comum
Como um céu cheio de estrelas.
Passo em silêncio no mundo
Mesmo ao viver em palavras.
Sou como um brilho que cega,
E o barro que cobre a lava.
Sou e serei para sempre
Um distante e desconhecido:
Metade e o dobro do Homem,
O Completo e o Dividido.
Não me peças sabedorias
Pois o que eu tenho são versos:
Eu nada sei deste mundo,
Sou eu o meu Universo.

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