Em homenagem a Leandro Balcone
Derramou-se vermelho
Em tua alva camisa.
Sete balaços
Mataram teus passos
E a faca precisa
Abriu criminosos
Espaços no peito,
Entre os braços,
Rompendo os laços
Que tinhas com a vida.
E os anjos do alto
Dos céus da Amazonia
Choraram tua morte.
Os santos lembraram
Do crucificado
A verterem dos olhos
Lágrimas rubras
Nas velhas Igrejas
De São Salvador.
Choraram Orixás
Nos terreiros de umbanda,
Teu corpo lembrando
Em vermelho manchado.
Francisco chorou,
Nos caminhos de Minas,
A encomendar tua alma
A seu suave Senhor.
As musas mulatas
As nisseis e as loiras,
Choraram elas todas
Por crime tão vasto,
Tão torpe, nefasto:
Calar o teu grito
Com sete balaços
E covardes facadas,
A roubar-te tudo
Como se fosses nada.
Chora a Pátria
Pela qual verteste
Na alva camisa
O teu sangue em
Vermelho.
O teu sangue em
Vermelho.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/03/advogado-e-morto-em-seu-escritorio-em-guarulhos-na-grande-sp.html
Magnífico!Leandro há de sentir-se desagravado.
ResponderExcluirObrigado, poeta!
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