Olho a paisagem da varanda:
O paraíso próximo e distante
Brilha na luz de prata e diamante
Desta primavera que desanda.
O gato e eu seguimos os ciprestes,
Móveis braços de um regente
A conduzir as horas lentamente
Enquanto haja vento e tempo reste.
Somos grãos de poeira conscientes,
E, então, somos olhos do Universo,
Por uns dias, ou talvez eternamente.
E somos o que somos, luz e treva,
Lançando mensagens nestes versos
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