Onde sutis matérias têm seu Meio
E energias levíssimas elaboram
O Universo que sabemos.
Espaço não-vazio,
Mas pleno
De obscura matéria
A interligar
Multiversos alheios.
Espaço
Falsamente negro,
O quê escondes
Em cores que não vemos?
O quê és, Universo?
Qual tecido, ou corpo, ou mente?
O que és, imensidão harmoniosa,
Povoada de galáxias flamantes,
Flutuantes rosas a girar
Onde mundos, pontos luminosos,
Servem-nos de lar?
Eterno Desconhecido,
De infinitos mistérios,
Qual será o teu Sentido?
Eterno Desconhecido,
De infinitos mistérios,
Qual será o teu Sentido?
E haverá, em nós, um sentido
De, aprendendo contigo,
Para sempre, te revelar?
Talvez, talvez, talvez...
Nos deixamos levar
Pelo anseio de entender-te
Mas cada grande Sistema
É só um flerte
Com o que estás a ocultar.
Talvez, Universo, guardes
Algum singelo segredo,
Que nos libere do medo
Das tuas brutais dimensões,
E então, percebamos o ilusório
Do humano degredo
E que as tuas amplidões
Desfazem-se ante a essência
Que nos deste: Consciência.
Talvez sejamos o Uno
Em suas múltiplas percepções.
Talvez, talvez, talvez...
Nos deixamos levar
Pelo anseio de entender-te
Mas cada grande Sistema
É só um flerte
Com o que estás a ocultar.
Talvez, Universo, guardes
Algum singelo segredo,
Que nos libere do medo
Das tuas brutais dimensões,
E então, percebamos o ilusório
Do humano degredo
E que as tuas amplidões
Desfazem-se ante a essência
Que nos deste: Consciência.
Talvez sejamos o Uno
Em suas múltiplas percepções.