sábado, 12 de dezembro de 2015

Natal

Cantar da vida
Em cada canto:

Passarada alvoroçada
Com a criançada brincando,
Velhos a falar na praça
Suas histórias contando,
Cachorros correm e latem,
Um gato se espreguiçando,
O sol se abre no espaço
A aldeia iluminando.

Os amados andam de braços,
Dados, se amando.

De tão lindo, o momento
Já é saudade ao fluir.
De tão suave, o pensamento
É silêncio a se exprimir.

Mas há música do espaço
Descendo-nos feito aragem,
Trazendo ritmo ao mundo,
E, num poema, mensagem.

Eu escuto, encantado,
O espetáculo sinfônico
Do encantamento das coisas
Que são a vida cantando.





terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Covilhã


Há um sem fim de morros e montanhas,
De verde-azul vestidos, e de névoas,
Árvores cor de oliva, ou de ouro e cobre,
De folhas alaranjadas, ou vermelhas,

Casas brancas, ou de pedra, rubras telhas,
Antigas catedrais, franciscanos conventos,
Como memórias brotadas em algum sonho,
Mensagens de outro Tempo ao pensamento...

E a gente, ao se cruzar,  abre um sorriso:
Bom dia, fique bem, a casa é sua.

E a noite fria, sob o olhar da lua,

Nos leva a andar, sem medo, pelas ruas.