domingo, 13 de setembro de 2009

Alquimias


Muda, silenciosa, a vida
E eu, mudo, com ela.

Transmuta-se terra em água,
Água em fogo, fogo em terra,
O ciclo reinicia-se, se encerra
Aquilo que foi um dia o sal da terra,
Mas que, por leis de Alquimia,
Fez-se fardo que me emperra.

Algo redireciona-me a seta:
O que nem era visto, a semente,
Frutificou em Árvore da vida
Dando-me o fruto de uma nova meta.

E isto sem que palavra fosse dita
Porque a vida na Obra flui silente:

Muda mudança inconsciente.