quarta-feira, 9 de março de 2011

Uruguay




Alarga–se a vista até o mar e suas entranhas
E a brisa ondula–se em cabelos e areias.
Abrem–se os porões dos sonhos e das sanhas
E eu aspiro o aroma de maresias nas idéias.

Uruguay, onde minha alma vai achar morada,
Despida de temores e em busca de si mesma,
Se ao andar por tuas praias, matas e estradas,
Eu caio em mim por águas turvas ao abismo,

Em ti, eu desemboco por uns rios no mar
E, sem pensar, sou poemas a se alinhavar
E a poetar me ponho quieto e iluminado.

Tu és o espaço–tempo em que eu, enfim, me vejo
El viejo poeta, intenso de verbo e desejos,
Em algum outro destino que haverei traçado.



Punta del Diablo, aldeia de pescadores, Uruguay

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