domingo, 5 de maio de 2013

silenciando



As vozes soam, difundem-se em zoada,
Um turbilhão de vozes a dizer-me nada,
Um refluir de mágoas de ideais perdidos
Vem agredir com força os meus ouvidos.

Em mim penetra toda esta dor alheia
Como se me fosse própria a infectante idéia.
Mas dou-me conta disso e, cuidadosamente,
Vou silenciando o vozerio vazio e descontente,
Calo na mente inquieta as memórias ruidosas
Até chegar ao fundo do mar que em mim habita
Onde o silêncio é o sol de uma aurora rósea.

Ali, sem esforço algum, reencontro os ideais
Que têm me feito ver a vida mais bonita
E a edificar meus sonhos nas coisas reais.




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