quinta-feira, 26 de agosto de 2021

Delfim e seus instintos

Longe deixei meus trajes velhos, despi-os,
E os pés descalços tramaram novas rotas.
Meus caminhos foram feitos de desvios
Que uma bússola de nave na alma aponta.

Permito me guiar por esta força interna
Que cria o rumo à frente nos meus olhos,
Retesa-me o corpo, move-me as pernas,
  Como voz em sonhos a odisseia monta. 

Penetro nu em mares não sabidos,
Futuro de um passado morto por vivido,
E nado enfim, delfim que sou, buscando o lar.

Onde, e se, chegarei eu apenas pressinto
Crendo que ser eu mesmo, e eu não minto,
Seja seguir esta força aonde me levar. 



 

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