sábado, 6 de novembro de 2021

O carnaval rancoroso dos ricos


 Ver os europeus e norteamericanos ricos, em suas cidades de asfalto e jardins planificados, comunidades e culturas que ao longo dos séculos destruíram e continuam destruindo tudo o que é floresta nativa, e transformaram sua geografia em intermináveis áreas de agricultura extensiva, a exigir “dos outros” (os que mantêm imensas áreas de vegetação nativa e florestas) mudanças de conduta, é a visão do ridículo, um circo politicamente correto. 

Mãos à obra mundo desenvolvido: replantem florestas com planejamento da flora original, renunciem ao uso da terra como fonte de riqueza, reduzam o uso (intensivo) de plástico, asfalto e concreto!  Fatos para “parecer” verde, como plantar campos de eucaliptos incendiários, milho para produzir biodiesel, jardins no alto de edifícios nas cidades, parques arborizados e elegantes para desfrute dos cidadãos e especulação imobiliária, são nada, ou pior que nada.

Há que repensar o manejo da terra, e refazer as extensas selvas, antes de acusar “os outros” de genocídio por crime ambiental. A História é capaz de sentenciar aos acusadores que transformam em festa televisiva a  inconsciência sobre sua própria (ir)responsabilidade.

Isto sem falar do envio de lixo (tóxico, contaminante) para descarte em países mais pobres. Crime ecológico de lesa-humanidade.

O mundo conhece bem a soberba reguladora dos poderosos sobre os mais humildes.

O resto é politicagem, demagogia, aparências, hipocrisia.

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