Há Inteligência no Universo
E por havê-la,
O Espaço será caminho,
O Tempo, memória.
Tempo e espaço, realidade
E História.
Há Inteligência no Universo
E por havê-la
Há de haver um lar
A circum-navegar
A cada estrela.
Há Inteligência no Universo
E por havê-la,
O Espaço será caminho,
O Tempo, memória.
Tempo e espaço, realidade
E História.
Há Inteligência no Universo
E por havê-la
Há de haver um lar
A circum-navegar
A cada estrela.
O Rio de Janeiro adora glamourizar a miséria e o crime. Como disse o carnavalesco Joãozinho Trinta, “quem gosta de pobreza é intelectual". E Dona Zica, esposa do grande músico Cartola, quando perguntada se amava a vida na favela Mangueira, respondeu furiosa: "se eu tivesse condições, saía hoje mesmo deste inferno". Na verdade, quem ama a miséria são os músicos populares, os estudantes das ciências humanas, os poetas apreciadores de um bom malt whisky, ou de alguma droga (segundo eles "porque ninguém é de ferro"). Esta cultura, aparentemente liberal, na realidade, uma selvageria, fez com que o tráfico de drogas se instalasse em algumas das regiões mais lindas e miseráveis do Brasil, em nome da "Liberdade" levando ao caos a Segurança Pública de algumas partes do país. Com o apoio charmoso de uma dúzia de artistas populares ricos e famosos. Uma epidemia que até hoje mata e alucina. A moda agora é o alucinógeno ("natural") amazónico ayauhuasca, o qual tem posto muita gente no manicómio ou no crime (vide o filme chileno “Antares da Luz”)
Tenho assistido, não sem desgosto e náusea, um ou outro episódio, de uma série brasileira, criada pelo grupo "Conspiração Filmes", de tão sugestivo nome. Chama-se Dom (de 2021), cujo texto foi escrito pelo roqueiro pró-liberação das drogas Tony Bellotto, membro da alta classe média paulista, conhecido por formar a banda Titãs e ter-se casado com Giulia Gam e a lindíssima Malu Mader. Eita, biografia!
O texto, que seria "baseado em fatos reais" é, na verdade, uma livre recriação sobre notícias da imprensa relacionadas à tragédia vivencial de um jovem carioca, Pedro Dom, e a sua desestruturada família de classe média no Rio de Janeiro. A história é a de tantos garotos e garotas que desde cedo tornam-se drogaditos, escalando da cannabis para outras porcarias, e tornando-se lixo humano. Mas a história real do Dom, mais que isto, é o apogeu da criminalidade, envolvendo grupos que invadiam residências na cidade do Rio, portando armas pesadas e granadas, com as quais faziam reféns às famílias, incluindo bebés e crianças. Em alguma destas situações o enlouquecido Pedro Dom, colocou uma granada junto à cabeça de um bebê diante de sua desesperada família ameaçando explodir a criança. Para roubar o que havia de valioso na residência. Parece filme de terror americano, um alien do crime, mas é apenas a realidade brasileira.
Pois é este criminoso que o filme, apesar de mostrar a desgraçada vida em que se meteu (tão longe dos confortos e satisfações burgueses), tenta "humanizar". Entre um crime bárbaro e outro, o jovem e "ítalo-bonitão" criminoso, chorando, se queixa: "eu erro, mas quem não erra?". Imagine meia dúzia destas "vítimas do sistema" cometendo "erros humanos" na nossa vizinhança e pondo em risco as nossas crianças e pessoas amadas.
E há acusações veladas no filme, tiradas sei lá de onde, relacionando o Exército Brasileiro e as igrejas evangélicas, nas décadas de 70 e 80, com ações criminosas na Amazónia. A recriação ideológica da realidade a destrutir reputações. Já conhecemos bem...
Ou seja, a série tem o texto criado pelo roqueiro Bellotto, foi produzida pela Conspiração Filmes, e tenta mostrar o lado humano de um dos criminosos mais cruéis que infernizou a vida dos trabalhadores brasileiros, e impunemente. Enfim, mais um "samba do crioulo doido" como dizia o genial Stanislaw Ponte Preta, num deboche sobre a cultura carnavalesca.
Com laivos culturais de um governo que financia este tipo de produção.
Eu fico pasmo!
De onde surgem os laços
Que sendo invisíveis fios
Atraem desconhecidos
A formar duplas, trios,
De tão diversos genomas?
Alguma matéria obscura
A tecer rede entre (os) nós,
Que no passado distante
Entrelaçou nossos avós
E como o fluxo dos rios
Leva os seres humanos
Ao mar
A amar
O fim diverge de um para outro.
Tudo o que foi o viajante, tudo o que fez
Vige nele sempre vivo,
Pesa ou sem peso o eleva.
Pode ser o viajante
O miserável da mais triste estrada,
Ou o rico comerciante endinheirado.
Ou o gênio afamado, ou outro mal-amado,
Qualquer um pode ser,
O que foi feliz com o que teve ou teria,
O que sofreu o que podia e não podia,
O fim se revela
No que fez do que havia.
Se houver alguma seriedade nas intenções e propostas dos atuais governantes federais, estaduais e municipais, a reconstrução do magnífico Estado do Rio Grande do Sul, deveria constar de um projeto de planejamento a longo prazo que envolvesse eficaz prevenção continuada e adequado manejo das calamidades meteorológicas que recorrentemente afetam esta região de transição climática: cumprimento estrito de regras ambientais e urbanísticas, de recuperação e manutenção sistemática das barragens, rede de drenagem e esgoto nas cidades, drenagem da rede fluvial, estruturação de programas de prevenção de desfechos fatais e de atendimento em regime de urgência no caso de enchentes e deslizamentos. E os votos dos gaúchos deveriam ter em vista o cumprimento destes projetos.
Sinceramente, pelo que vi, nada funcionou: nem os muros de contenção, os quais permitiram o vazamento do Guaíba para o centro de Porto Alegre, o sistema de esgoto que se mostrou inútil, ou mesmo prejudicial. No Estado, o espanto com os resultados da construção urbana na beira de rios em vales estreitos, entre outras questões...
O que se viu foi um governo federal desajeitado, retardatário na ação (apesar da conhecida demagogia do discurso), tentando fazer (uma vergonhosa) propaganda para a imprensa nacional e internacional. Um desrespeito à inteligência aos gaúchos. A Marinha que chegou ao estado uma semana após o morticínio de centenas de pessoas. Exército pífio (o que é uma má novidade)... E governos estadual e municipal totalmente despreparados para a dimensão de qualquer tragédia.
A grande, espetacular realidade da capacidade de superação e apoio entre gaúchos e demais brasileiros foi consoladora e de uma nobreza rara, incluindo o resgate e adoção de animais, e incontáveis doaçôes. Quem salvou os gaúchos foi o povo do Rio Grande e do Brasil. Isto é inegável.
A partir desta calamidade, tudo em termos de Engenharia, Urbanismo, Logística na prevenção e manejo de enchentes e deslizamentos deveria alterar-se!
Mas conhecendo os que governam este país, o foco deve estar nas próximas eleições, na destruição da reputação dos inimigos "fascistas" (sic). E no reforço das relações com Venezuela, Cuba, Irã, Rússia e Hamas...