domingo, 1 de setembro de 2013

liberdade


Domingo de manhã, numa rua em Porto Alegre
Inspiro a brisa fria azul prateada nas narinas
E sinto, como senti, desde guri, a liberdade
Que me ensinou a ser na vida o que eu bem quis,

A correr riscos num rumo incerto e surpreender-me
Com as descobertas do que eu era e não sabia.
Ah! liberdade, só tu permites que eu me torne
Conhecedor de algum mistério que haja em mim.

Sem liberdade sou engrenagem de um poder,
Fiel de rebanho, coisa sabida, bicho em criadeiro, 
Objeto, presa de uma crença, ou livro, ou lei,

Mas, sendo livre, sou o autor da minha história,
Semeador das próprias mágoas, ou das vitórias,
A transformar tudo que sou no que eu nem sei.




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