terça-feira, 2 de setembro de 2014

Um país imaginário II


Plataforma de governo:

1.     Dividir o país em Direita (fascistas maus) e Esquerda (os nossos“, os bonzinhos)
2.     Estimular a confusão conceitual sobre questões técnicas, em áreas essenciais como Economia, Medicina, Justiça, de modo a que a divisão Esquerda x Direita invada a discussão previamente pautada por conhecimento técnico e científico.
Por exemplo: em Medicina muita gente que não conseguiu  passar num vestibular para a área poderá, de repente, pretender “saber medicina“ (obviamente uma “mais humana“, um tipo de conhecimento ancestral e popular, desvinculada dos conceitos de uma “ciência burguesa, tecnicista, blábláblá....“).
3.     Desvalorizar, por meio de propaganda subliminar, os grupos mais qualificados do país, classificando-os como “elites“ (algo que se assemelha à Direita).  Grupos desqualificados mas engajados na luta contra valores de Direita (que serão chamados de valores burgueses, establishment, “tecnicistas“) desagregarão o atendimento qualificado.
4.     Não investir em programas de sucesso criados por governos anteriores como o Plano de Saúde da Família. Aproveitar, a partir daí,  a queda na qualidade do atendimento à população para arregimentar partidários (à causa ideológica) de outros países.
5.     Com a maior desfaçatez, investir pouco em Saúde e Educação. Ao invés disso, multiplicar bolsas  e benefícios visando alimentar uma atitude passiva e manter o povo sob o jugo do governo (literalmente, comprar um povo).
6.     Criar programas em que as “elites“ qualificadas sejam lentamente substituídas por grupos ligados à ideologia no Poder. A confusão conceitual será o instrumento de justificação.
7.     Desestimular os setores produtivos, ao mesmo tempo em que são aumentados os impostos de quem produz. A confusão conceitual será o instrumento de justificação.
8.     Usar dinheiro de Empresas Estatais para fins diversos dos objetivos principais destas empresas, até que entrem em falência. A confusão conceitual será o instrumento de justificação.
9.     Diante da decadência econômica (e cultural) aprofundar reformas socialistas, acusando as “elites“, o próprio povo  (inepto para o capitalismo) ou alguma Potência Estrangeira dos resultados da desestruturação social-econômica.
ATENÇAO: item essencial de todo o processo é divulgar a teoria conspiratória de que uma potência externa (mancomunada com os de Direita)  trama contra o futuro glorioso da pátria (representado pelos “nossos“). 
10. Destruir os canais políticos formais, que servem à representação democrática nos países livres, e desenvolver atuação de grupos associados ao Partido, como os conselhos populares, de modo a aprofundar a tomada do poder.
11. Ter sempre como divulgadores alguns intelectuais (saudosos do Totalitarismo Soviético), ex-padres da Teologia da Libertação, e figuras do mundo pop. 
12. Falar um Português estropiado de forma a que ninguém entenda com clareza o que se diz ou faz...

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