domingo, 14 de março de 2021

Lembranças de um médico brasileiro

Uma das coisas que se vê nestes dias difíceis são homenagens aos médicos do Brasil, os verdadeiros herois, e aos investigadores cientistas de todo o mundo, que dão sua vida ao esforço de buscar cura e prevenção de doenças, através, por exemplo, de vacinas.

Pois, eu me lembro de coisas bem diferentes num passado próximo.
Lá por 2013, em pleno (des)governo Dilma, tendo iniciado com alunos da UFRGS, Porto Alegre, alguns dos quais conheço, levantou-se uma onda de manifestações de "black-blocks", mascarados com bandeiras vermelhas, propondo o "aprofundamento das reformas populares". Vandalizaram as cidades brasileiras, queimaram, quebraram, picharam paredes. Um deles me disse que "estava indo a Brasília para decidir questões do movimento". Estes "black-blocks" tupiniquins, mais tarde vandalizaram Sampa em defesa das "reformas populares" propostas pelo Haddad, pichando inclusive o Monumento dos Bandeirantes; os do Chile, logo mais, queimaram tudo, incluindo edifícios e Igrejas.
Pois logo após estes lamentáveis eventos, o (des)governo petista, passou a gastar fortunas em Olimpíada e Copa do Mundo, ao invés "da bobagem de construir hospitais" (discurso do meliante, disponível na internet). Há muito tempo enviava bilhões de dólares para “obras” em países ideologicamente coligados (Cuba, Venezuela, Angola...), com o fim de amealhar poder político, e propinas através da Odebrecht. As verbas do BNDES, que devem servir a investimentos de infraestrutura no Brasil, foram usadas “sob segredo de Estado” para obras no exterior e geração de grana para o PT, com o objetivo de realizar os planos de poder do grupo do Foro de São Paulo (além de enriquecer os chefões, é claro).
Pois, no meio daquela barafunda, dentro do mesmo esquema, a gangue criou a campanha dos "Mais Médicos", pela qual, ao invés de contratarem os milhares de jovens profissionais médicos brasileiros recém-formados, e investir pesadamente em saúde pública e em melhorias no SUS (que dizem defender), resolveram trazer médicos (na verdade, paramédicos-escravos) cubanos para atender os brasileiros. A questão era clara, reforçar ainda mais os vínculos com aquela ditadura, mantendo o sistema de tirania dos Castro com grana dos brasileiros.
Para viabilizar o projeto, aquele partido criou “robôs” na internet, com slogans e depoimentos falsos, enfim, o que hoje se chama fake-news, para enlamear a Medicina Brasileira, enquanto aquela senhora (retardada, doente-mental ou medicada por psicotrópicos, até hoje não sei), dizia na TV que “os médicos brasileiros eram gente da elite, pessoas que visavam apenas o lucro, e não tocavam os pacientes, que lhes faltava amor”. Fui ofendido na internet por ser "médico brasileiro".
Nas redes sociais milhares de acólitos, incluindo adolescentes sem educação e professores universitários simpatizantes do partido, apoiavam estes absurdos, escorraçando a “elite médica brasileira”.
Por isso fomos às ruas com bandeiras do Brasil.
Para defender verdadeiros heróis da pátria, estes que salvam vidas, tratam pacientes com ciência qualificada, atendem nas favelas, nos hospitais de todos os níveis de complexidade, e nos centros de saúde de qualquer rincão por mais miserável ou violento que seja deste país-continente, e manter o direcionamento de verbas para a saúde pública dos brasileiros.

Os médicos brasileiros sim, estas pessoas que abraçam os doentes em plena Pandemia.
Por tais motivos, pelo que via acontecer na política brasileira entre 2013 e 2015, eu planejei pela primeira vez na minha vida seriamente, deixar o país. E assim o fiz.
Se tu és capaz de lembrar destes fatos, e de que conseguimos expulsar do poder esta gangue, com bandeira e hino nacional, ainda confio no futuro do Brasil.

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